Não podemos falar de StreetWear sem falar de:
- Hip-Hop
- Grafitti
- Break Dance
- Reggae
- Hippie
- Rock
- Esportes radicais
É interessante perceber que estão diretamente ligados ao “streetwear” alguns estilos musicais alternativos e os praticantes de esportes radicais, e o que eles tem em comum? Todos pensam diferente da massa.
O surgimento do StreetWear
Nos anos 50, no mundo pós-guerra, o cinema, a televisão e principalmente a música como Rock ‘n’ roll e Disco Music chegaram aos ouvidos da juventude.
Enquanto a burguesia usava roupas de alfaiataria, entre os jovens ingleses de baixa renda começava a surgir os chamados Teddy Boys. Jovens nascidos no final dos anos 50, amantes do Rock, escondiam sua origem humilde em composições inspiradas na era eduardiana, período de 1901 a 1910 no Reino Unido, durante o reinado do rei Eduardo VII.
Agrupando-se em cafés, pubs e casas de show, os Teddy Boys vestiam roupas estilosas que traziam casacos grandes, escuros, com muitos botões e calças jeans mais justas; camisas engomadas combinando com coletes e sapatos com sola emborrachada.



Décadas depois, a moda chegava aos EUA. Durante os anos 1980, em Los Angeles, o designer de pranchas de surf Shawn Stussy começou a levar seus desenhos personalizados para as camisetas. O que começou como um pequeno negócio virou um caso global. Após a década de 1990, a moda streetwear ganhou novas formas, principalmente com o estilo vindo de esportes de rua como skate, patins e o basquete, com suas roupas mais largas e confortáveis.



A Moda Streetwear é tão global que no Japão temos dois dos mais destacados designers do estilo. Hiroshi Fujiwara conheceu o hip hop nos anos 1980, em uma viagem à New York. Tornou-se um dos primeiros DJs Hip Hop no Japão, e também um designer Streetwear globalmente influente. Assinou coleções para Nike e Levis.
Nigo também é japonês, designer e DJ Hip Hop. Começou com a criação da marca Bape e, logo em seguida, Billionaire Boys Club e Ice Cream Footwear junto ao astro Pharrel Williams. Kanye West é outro grande fã de Nigo, que o ajuda em seus negócios de moda.


Década de 80 New York
Em 1973 surge um movimento que ganharia muita força nos anos 80, o Hip Hop enquanto cultura urbana apareceu na periferia de Nova York na década de 70, entre as comunidades caribenhas, afro-americanas e latino-americanas.
Isto porque, nesta altura, o contexto social existente era de violência e criminalidade nestes bairros, e a única forma de lazer possível para estes jovens era nas ruas. Onde eles encontraram na música, na poesia, na dança e na pintura uma forma de se expressarem e de manifestarem a sua realidade e a sua contestação.
Segundo consta, quem terá sido o fundador do hip hop, terá sido Clive Campbell ou DJ Kool Herc. E o primeiro evento da historia do hip hop aconteceu no dia 11 de Agosto de 1973, na festa de anos da irmã do DJ, Cindy Campbell, no número 1520 da Sedgwick Avenue, no Bronx em Nova York.
Outro marco na historia do hip hop foi a 12 de Novembro de 1973, dia da fundação da ONG Zulu Nation que promovia a cultura, o hip hop, como forma de manter os jovens fora do mundo do crime e da violência.
Aos poucos e poucos, a poesia que existia neste tipo de música, que era representada pelo rap, foi ganhando espaço nas discotecas, que até então, só tocavam hits da era disco. E duplas de DJs e MCs ganhavam cada vez mais destaque e travavam mesmo competições entre si, as chamadas batalhas rap, que eram feitas só pela manifestação cultural e sem qualquer conotação de violência. Os grafites nos muros era a expressão no mundo da pintura desta nova cultura, e o break era a dança que saía das ruas para as festas em toda a cidade.
Linguagem visual do StreetWear
O streetwear desenvolveu uma linguagem visual própria baseada em grafites, design gráfico (principalmente a logotipia), ilustração pop e elementos presentes no cotidiano do jovem que praticava algum esporte radical ou ouvia música alternativa, ou ambos!
Tradicionalmente transgressor, o streetwear está sempre procurando novas maneiras de quebrar os paradigmas da moda. Sua estética é propositalmente instigante, algumas vezes exagerada e sempre inusitada.
Atualmente é possível ver a influência do streetwear até mesmo nas marcas de luxo que notaram o apelo desse estilo com o público jovem. Não é por acaso que Louis Vuitton, Chanel, Balenciaga e tantas outras grifes fizeram parceria com conhecidos nomes do streetwear para desenvolver coleções especiais, conseguindo inclusive se firmar como referência no estilo, o que não deixa de ser uma ironia.
Porém o streetwear sofreu um revés: deixou de alimentar a contracultura para se tornar um objeto de desejo dos endinheirados. Saem os garotos do subúrbio, entram os meninos ricos que podem pagar 900 dólares em uma camiseta da Supreme.
Não que há 20 anos você não precisasse estar de carteira cheia para fazer boas compras nas lojas especializadas, principalmente quando se tratavam de peças exclusivas e edições limitadas, mas não se chegava ao absurdo que é hoje em dia. Felizmente existem algumas grifes pequenas fazendo um bom trabalho, cheio de criatividade e com um preço justo.
O streetwear atual prima pela originalidade e excentricidade na maioria dos casos.
Os fãs do estilo tem menor ligação com quesitos como o caimento da roupa, mas dão grande valor ao conforto, exclusividade e personalidade da peça, além da liberdade (até certo ponto) de vestir o que quiser sem ligar para padrões preestabelecidos.
Por outro lado, existem as peças desejo, as estratégias de marketing e até os influenciadores (digitais ou não) trabalhando o tempo todo para fomentar o consumo do que é lançado, te convencendo de que o produto vale o preço a ser pago e que você precisa tê-lo de qualquer maneira!











Marcas de roupa referência no street wear
A Bathing Ape (BAPE)


Supreme


Stüssy


Undefeated


Billionaire Club Boys


HIGH


Vans

The North Face


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